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Pesquisadores da UFPR descobrem 20 novas espécies de minhocas

Prof. Samuel James (centro) com uma das novas espécies de minhoca (foto arquivo pessoal)

Pesquisadores da Universidade Federal do Paraná identificaram 20 novas espécies de minhocas. A análise foi feita nos meses de setembro a novembro deste ano, quando a instituição recebeu a visita dos professores Alexander Feijoo, da Colômbia, e Samuel James, dos Estados Unidos. Eles orientaram a equipe da UFPR na capacitação em Taxonomia, ciência fundamental para a descrição de espécies novas.

Segundo o professor George Brown, da Pós-Graduação em Ciências dos Solos da UFPR e também pesquisador da Embrapa-PR, na coleção de oligoquetas Fritz Müller da Embrapa Florestas nos últimos anos, já tinham sido descobertas 40 espécies novas, descritas em artigos publicados. As 20 mais recentes deverão ter suas descrições publicadas em 2023 na revista internacional Zootaxa, referência na área.

A doutoranda em Ciências do Solo Rafaela Dudas, que integra a equipe do professor Brown,  explica que, na prática, é possível correlacionar as espécies com a cobertura vegetal e o sistema de manejo do solo, permitindo uma melhor análise da qualidade ambiental. “A biodiversidade traz diversidade de funções no solo. Ou seja, espécies diferentes geram diferentes estruturas e efeitos na química, física e biologia dos solos”, acrescenta.

A expectativa é que no próximo ano outras espécies sejam descritas. “Temos conhecidas cerca de 300 espécies de minhocas no Brasil, mas a estimativa é que esse número seja quatro vezes maior. No Paraná, por exemplo, coletamos em apenas 15% dos municípios. E sabemos que em cada habitat há espécies diferentes”, observa o professor Brown.

Prof. Alexander Feijoo segura um minhocuçu, encontrado na Estação Biológica de Boracéia, em São Paulo (foto arquivo pessoal)

A análise taxonômica segue metodologia padrão para descrever espécies novas: no presente caso, a análise passa por observação externa, interna e genética, esta última chamada de “barcoding” (código de barras) do DNA.  Para ser considerado uma nova espécie, o animal deve ter mais de 14% de divergência molecular com as já conhecidas.

O professor Alexander Feijoo deve retornar ao Brasil no primeiro semestre de 2023, para continuar a capacitação do grupo de pesquisadores da UFPR.  A visita dos professores estrangeiros é financiada pelo Programa de Capacitação em Taxonomia (Protax) do CNPq, e faz parte das atividades do projeto Taxonline, da Rede Paranaense de Coleções Biológicas.

(Por Simone Meirelles, em 19/12/2022)

 

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