Aula ministrada em inglês no curso de Agronomia
Cerca de 20 estudantes participam nesta semana de uma turma diferente na Universidade Federal do Paraná. O curso de Agronomia e o Departamento de Economia Rural e Extensão estão realizando a primeira disciplina totalmente em inglês na graduação do Setor de Ciências Agrárias. Com o tema “Basic Concepts in Rural Science”, as aulas começaram na segunda-feira, 25, e vão até sexta-feira (dia 30), em período integral.
Para o professor Paulo de Tarso Pires, que ministra a disciplina ao lado do coordenador do curso de Agronomia, João Carlos Bespalhok Filho, os primeiros resultados superam a expectativa, com excelente nível de interesse e compreensão. Ao mesmo tempo, ele ressalta os desafios da aula em língua estrangeira. “A metodologia precisa ser aprimorada, com uma abordagem diferente, lembrando que não é uma aula de inglês, mas em inglês, e ao mesmo tempo buscar o entendimento do aluno”, observa. Recentemente, os dois professores participaram de um treinamento oferecido pela Oxford University na UFPR, voltado a docentes de várias universidades, sobre técnicas para o ensino em língua inglesa.
A disciplina foi ofertada não só a estudantes de Agronomia, mas também de áreas correlatas. Karina Koguta, aluna de Engenharia Florestal, ressalta que os tópicos são abrangentes e que está tendo a oportunidade de treinar seu inglês com linguagem mais formal, num contexto técnico. Para o estudante de Agronomia Eduardo Izawa, a experiência está sendo positiva. “Além de acompanhar a aula, estou ganhando vocabulário”, diz. Já Marcelo Bellettini, aluno da graduação em Agronomia e de pós-graduação em Engenharia de Alimentos, acostumado a ler em inglês, destaca a oportunidade de falar e ouvir os temas acadêmicos em outra língua. No último dia da disciplina, cada estudante terá que fazer a apresentação de um trabalho em inglês.
Segundo o professor Paulo de Tarso, a criação da disciplina surgiu justamente da observação de uma carência do exercício da linguagem técnica entre os alunos que já participaram ou pretendem participar de intercâmbios. Como é optativa, a turma é pequena e isso também traz benefícios. “Por ser um grupo menor, podemos ousar nas ferramentas didáticas, mudar a formatação da sala, aproveitar o celular como um aliado e não um inimigo, utilizar material visual e vídeos com mais flexibilidade”, aponta o professor Paulo.
Com o sucesso da experiência, uma nova turma da disciplina será aberta, possivelmente nas férias de verão.
Por: Simone Meirelles/Assessoria de Comunicação Social/Setor de Ciências Agrárias
