Paulo de Tarso Lara Pires *
A internacionalização tem sido prioridade na agenda das melhores universidades brasileiras. O contato com professores e pesquisadores de outros paÃses, a possibilidade de desenvolver parcerias para ensino e pesquisa são alguns dos atrativos para o estabelecimento de convênios internacionais.
Do ponto de vista dos docentes surgem possibilidades Ãmpares para o estabelecimento de pesquisas comparativas, para a análise de novas tecnologias ainda desconhecidas no PaÃs de origem e finalmente para vislumbrar novos métodos de ensino.
Para o acadêmico, porém, as possibilidades são infinitas e vão desde o aprendizado ou aprimoramento de uma lÃngua, conhecimento de novas culturas, até o engajamento num grupo de pesquisa internacional. Adicionalmente, deve estar o estudante aberto para usar o momento para a quebra de paradigmas e para sair da endógena tão comum em nossas universidades.
Alguns cuidados, no entanto, precisam ser tomados. Em primeiro lugar é importante que se tenha um conhecimento prévio da instituição que será visitada para que se aproveite ao máximo o potencial dos pesquisadores locais, de bibliotecas, laboratórios e outras estruturas de ensino disponibilizadas. Adicionalmente, é importante ter uma agenda de viagem bem organizada, com tempo estabelecido para atividades acadêmicas, culturais e recreativas. Em geral as melhores universidades colocam a disposição dos alunos visitantes ambientes para práticas de atividades desportivas e para momentos lúdicos. Uma leitura antecipada da página institucional na internet pode facilitar sua vida e ainda lhe poupar dissabores. Procure se aproximar de colegas que sejam locais e não fique apenas cercado de brasileiros sob pena de ficar num gueto e não praticar outra lÃngua.
Finalmente, lembre que o tempo passa rápido e muitas das oportunidades não voltam.
* Prof. Paulo de Tarso Lara Pires
Pós Doctor em Direito Ambiental e Desastres Naturais na Universidade de Berkeley na Califórnia-USA
Doutor em Ciências Florestais pela UFPR
Mestre em Economia e PolÃtica Florestal