Cães que vivem em abrigos no Brasil são oriundos de abandono ou maus-tratos, sendo recolhidos pelas ONGs para que sejam reabilitados e inseridos na sociedade por meio da adoção. A preferência pela adoção de animais filhotes é comum, tornando difÃcil a adoção dos adultos e idosos, que normalmente passam o resto de suas vidas nos abrigos, causando alta densidade populacional. Foi pensando nessa demanda que surgiu o Projeto Adote um Adulto, do Projeto Medicina de Abrigos e do Programa de Residência Multiprofissional em Medicina Veterinária do Coletivo da UFPR, sob coordenação da professora Rita de Cássia Garcia.
O projeto começou em 2019, tendo a participação do abrigo DNA Animal, localizado na cidade de Fazenda Rio Grande, Paraná. Devido à pandemia, à diminuição da adoção e ao aumento significativo do abandono, em 2021 o projeto teve sua ampliação, atendendo também os abrigos Amigo Animal, APATA, MaxMello e Segunda Chance, todos participantes do Projeto Medicina de Abrigos, do Programa de Residência Multiprofissional em Medicina Veterinária do Coletivo da UFPR e o Instituto PremieRpet®.
O Projeto Adote um Adulto é coordenado pela acadêmica Jéssica Pinheiro Feliciano do Nascimento, tem por objetivo aumentar as taxas de adoção de cães adultos e idosos nos abrigos cadastrados no projeto Medicina de Abrigos, desenvolvido pelo Programa de Residência em Medicina Veterinária do Coletivo por meio de divulgação em página do Instagram @projetoadoteumadulto, Além deste objetivo, o projeto também promove o envolvimento dos alunos de graduação em Medicina Veterinária na vivência com os abrigos, auxilia no trabalho desenvolvido pelas ONGs nas mÃdias sociais, auxilia os abrigos na construção de materiais digitais para a divulgação dos cães, além de ser uma fonte de disseminação de conteúdo informativo
Os abrigos são locais transitórios em que os animais devem ficar alojados por perÃodos curtos até que encontrem um lar definitivo. Diversas vezes a adoção de filhotes gera retorno do animal ao abrigo ou novo abandono dele, uma vez que seu comportamento pode ser agitado e imprevisÃvel, e as pessoas não têm o preparo necessário para educa-lo corretamente. Além disso, o crescimento dos filhotes pode ser maior do que o esperado pelos adotantes, sendo um dos fatores de reabandono dos animais nos abrigos.
Atualmente há 19 voluntários trabalhando diretamente no Projeto, sendo três residentes em Medicina Veterinária do Coletivo e 16 acadêmicos do curso de Medicina Veterinária da UFPR, os quais também fazem parte do Projeto de Extensão Medicina Veterinária em Ação nas Comunidades.
Para colaborar com esse Projeto basta seguir e divulgar a página no Instagram @projetoadoteumadulto, além de divulgar os cães para amigos e familiares. Informações: medvetcoletivoufpr@gmail.com.Â
(Por Simone Meirelles/ em 01/07/2021)