Resumo

Para expansão da fruticultura, uma das ferramentas é a produção otimizada e de baixo custo de mudas de qualidade. A estaquia é um dos métodos mais empregados para a propagação e produção de mudas frutíferas cujas vantagens como produção em massa de clones, prática simples e facilidade de aplicação a tornam bastante atrativa. Porém, gargalos como a baixa capacidade de formação de raízes adventícias em segmentos da planta muitas vezes inviabiliza o processo. Essa incapacidade de rizogênese está relacionada a uma série de fatores e tem-se observado que estacas que apresentam brotação antecipada podem prejudicar o enraizamento adventício. A ação de hormônios vegetais como as giberelinas podem estimular a brotação e o uso de inibidores dessas substâncias, como o paclobutrazol, poder-se-á favorecer o enraizamento indiretamente. Para testar então o efeito do paclobutrazol (PBZ) na promoção indireta do enraizamento de estacas é que se tem realizados experimentos para avaliar a capacidade de enraizamento de estacas de plantas frutíferas, como de amoreiras (amoreira-preta e amoreira-verde) no período de 2015 a 2021. Os experimentos têm disso conduzidos no Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade – DFF do Setor de Ciências Agrárias – SCA da Universidade Federal do Paraná – UFPR (Curitiba-PR) para avaliar a capacidade de enraizamento das mesmas mediante a aplicação de diferentes concentrações de ácido indolbutírico (AIB – como enraizador) combinadas com a aplicação de diferentes concentrações de (PBZ – como inibidor da giberelina e da brotação precoce). Os experimentos têm sido conduzidos em estufa plástica em delineamento experimental inteiramente, cujas estacas têm sido plantadas em tubetes contendo vermiculita. Normalmente aos 60 dias após o plantio, tem sido realizadas as avaliações obtendo-se as porcentagens de estacas enraizadas, brotadas, com calo e mortas, o número médio de raízes por estaca enraizada e o comprimento médio de raízes das estacas enraizadas. Espera-se com os resultados a serem obtidos, poder descobrir a associação PBZ/AIB que possa favorecer o enraizamento de estacas de amoreiras e, consequentemente, que esta técnica seja promissora para a produção em massa de mudas de qualidade e com baixo custo, inclusive para outras espécies frutíferas com potencial para estudo.

Vigência

2015-2021

Coordenador

Mauro Brasil Dias Tofanelli

Colaboradores

Luiz Antonio Biasi

José Gilberto Sousa Medeiros

Jessica Welinski de Oliveira D’angelo

Valdeci Constantino