A principal vantagem da metodologia apresentada pela Universidade é que ela garante que todas as exigências dos órgãos ambientais sejam atendidas em menor tempo e com menor custo.
O trabalho foi desenvolvido durante a elaboração do inventário florestal do trecho não concessionado da BR-116, no Rio Grande do Sul, para obtenção de Autorização de Supressão Vegetal. O estudo faz parte da Meta 3 do Termo de Execução Descentralizada celebrado entre a UFPR e DNIT, que consiste na elaboração de estudos ambientais para a regularização ambiental da Rodovia nos estados do Ceará, ParaÃba, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Dos 2.208,34 quilômetros que fazem parte da cooperação entre as duas entidades, 390 quilômetros estão situados no estado do Rio Grande do Sul e foram inventariados pela equipe da UFPR/ITTI em um trabalho que durou cerca de seis meses, sendo que os trabalhos de campo foram realizados em agosto de 2016.
Nesse trecho (entre o rio Pelotas na divisa de Santa Catarina com o Rio Grande do Sul e a cidade de Camaquã), o traçado da BR-116 passa por 24 municÃpios e dois biomas: o Bioma da Mata Atlântica (37% do território estadual) e o Bioma Pampa (67% do território estadual).
Trabalho
Os levantamentos de campo foram executados por meio do método de amostragem de área fixa e processo de amostragem aleatória simples, com áreas amostrais variáveis acumulativas de 400m2, 600 m2, 800 m2 e 1000 m2 nas seguintes fitofisionomias: Floresta Estacional Decidual Montana, Floresta Estacional Decidual Submontana, Floresta Estacional Semidecidual de Terras Baixas e Floresta Ombrófila Mista Montana. O objetivo principal foi determinar a área amostral ideal para o levantamento de dados em campo com maior eficiência. O processamento dos dados foi executado com o software Mata Nativa, cujas licenças foram cedidas ao ITTI para avaliações e aprimoramentos que sejam necessários para melhoria do programa.
O Relatório Técnico elaborado pela UFPR/ITTI possibilitará a verificação e a avaliação da fitofisionomia, do estado de conservação da cobertura vegetal, da composição florÃstica e da organização das estruturas verticais e horizontais das formações florestais, conforme as determinações contidas na instrução normativa do Ibama.
O próximo passo da UFPR/ITTI em conjunto com o DNIT é agendar a apresentação do estudo ao Ibama, visando adequações e aprimoramento ao que atualmente dispõe a instrução normativa do Ibama (Termo de Referência) para inventários florestais.
Por Assessoria de Comunicação Social do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (ITTI)